Toda pessoa apaixonada por moda, sem dúvida, já ouviu falar nas principais grifes internacionais. Hoje em dia, essas marcas são consideradas verdadeiras referências. Não somente em estilo, mas são parâmetro em tendência e altíssima qualidade.
São nomes conhecidos no mundo inteiro, que conseguem atrair a atenção do público e virar ícones de desejo. Porém não podemos negar que, por trás de toda empresa de sucesso, sempre há um gênio responsável pelo destaque do trabalho.
É sobre isso que falaremos neste post. Se você também adora se aprofundar no universo fashion, aproveite para conhecer a história por trás das principais grifes. Vem conosco!
Um panorama sobre a trajetória das grifes
Antes de tudo, vamos retroceder alguns anos, mais precisamente, ao início do século XX. Naquela época, a moda ainda era produzida sob encomenda — fato este realizado somente para as pessoas da classe alta.
O auge da alta costura aconteceu na década de 1950, quando vários estilistas passaram a produzir trajes elaborados para os europeus da alta sociedade. No entanto, este cenário não se estendeu por muito tempo. Nos anos 1960, com o prêt-à-porter, as chamadas maisons começaram a perder espaço.
Foi então que, no período do pós-guerra, as marcas de moda americanas resolveram fabricar peças por escala. Isso permitia que os consumidores adquirissem vestimentas diretamente nas lojas, em variados tamanhos e sem precisar de encomendas. Daí vem o termo “pronto para vestir”, ou “ready-to-wear”, em inglês.
Ao longo destas transformações, as clássicas maisons deixaram de ser vistas como simples ateliês, ganhando o título de marcas renomadas. Assim nasceram as grifes. De lá para cá, vários nomes ficaram ainda mais conhecidos e continuam encantando consumidores fiéis de todos os estilos.
Agora, o que pouca gente sabe é que, para fazer todo esse sucesso até hoje, tais empresas contaram com profissionais brilhantes. Estamos falando de “gênios da moda”, extremamente talentosos e totalmente à frente de seu tempo.
Inspiração: os talentos por trás das grandes grifes
Abaixo, selecionamos grandes talentos que foram responsáveis por fazer com que marcas renomadas continuassem conquistando fama e reconhecimento mundial. Vamos lá?
Karl Lagerfeld
Para começar, que tal falarmos sobre o brilhante estilista alemão Karl Lagerfeld? Nascido em Hamburgo, o jovem foi, desde sempre, apaixonado por moda. Quando criança, tinha o hobby de passar horas folheando e recortando revistas. Há quem diga que ele era ótimo para dar “opiniões sinceras” sobre o look de outras pessoas.
Assim, o tempo passou e, na década de 1950, Karl chegou à cidade de Paris. Inicialmente, ele conseguiu uma ótima oportunidade de emprego de assistente na grife Pierre Balmain. Depois, passou a trabalhar diretamente na criação de roupas para a Chloé, outra renomada marca de roupas e acessórios, onde o estilista permaneceu por 20 anos.
Foto: zeit.de
Um passo importante nas grifes
Entretanto, foi nos anos 1980 que a sua carreira ganhou ainda mais destaque. Isso porque, em 1984, ele se tornou diretor criativo de uma das maiores grifes de todos os tempos: a Chanel. Naquele momento, a maison estava prestes a falir e, graças ao empenho de Lagerfeld, a grife voltou com tudo para os holofotes do mercado. De lá para cá, ele foi o responsável por manter a essência da marca francesa até a temporada de primavera/verão 2021.
Entre as principais características de seu trabalho, vale destacar a capacidade em modernizar as coleções. Ele as deixava mais atraentes, conquistando, assim, um público jovem. O estilista também era famoso por apostar em novos recortes, tonalidades e estilos. Isso foi responsável por expandir o legado da fundadora Coco Chanel.
“A juventude é um clube do qual todos serão expulsos um dia”
Yves Saint Laurent
Sem dúvida, em nossa lista das mais notórias grifes, não podemos descartar o trabalho de Yves Saint Laurent. Criado dentro de uma tradicional família francesa, Yves nasceu em 1936. Assim como Lagerfeld, sempre se mostrou interessado pelo mundo da moda.
Aos 17 anos, o jovem participou de um concurso e conquistou o primeiro lugar com o melhor desenho de traje para coquetel. Consequentemente, o seu croqui ganhou os olhares da renomada revista Vogue. Como resultado disso tudo, as portas do universo fashion rapidamente começaram a se abrir.
Foi então que, em 1957, com a morte de Christian Dior, Laurent assumiu o comando de uma das maiores grifes da época. Durante a sua permanência no setor criativo, o francês foi conhecido por revolucionar a criação de coleções.
Foto: museeyslparis.com
Rumo ao topo nas grifes
Contudo, na década de 1950, ele conheceu uma figura que lhe ajudaria em boa parte da carreira: Pierre Bergé. Anos mais tarde, Yves se desligou completamente da Dior e decidiu abrir a própria grife, ao lado de seu grande companheiro.
A Saint Laurent foi uma marca de destaque nos anos 1970. Visionária, ela lançava tendências e procurava democratizar o setor do luxo, sendo um dos nomes que popularizaram o “ready-to-wear”. Ao longo de suas criações, o francês, criador do smoking feminino, também foi um grande incentivador do uso das calças pelas mulheres.
“Boas roupas são um passaporte para a felicidade”
Hubert de Givenchy
Por fim, temos o icônico Hubert James Marcel Taffim de Givenchy. Nascido em 1927, em Beauvais, no interior da França, ele começou a se interessar pela moda por meio de seu avô, que tinha uma oficina de costura. Logo cedo, o jovem visitava exposições de roupas e procurava aprender mais sobre alfaiataria. Esse foi o passo ideal para fazer com que ele ficasse mais próximo da alta costura e do mundo do luxo.
A princípio, os seus pais queriam que Givenchy fosse um grande advogado. No entanto, aos 17 anos ele descobriu o seu dom para costurar e, rapidamente, entrou para a Escola de Belas Artes de Paris.
Anos mais tarde, na década de 1950, o jovem se tornou um dos assistentes da estilista Elsa Schiaparelli. Por essas e outras, ele teve amplo contato com outros talentos da alta costura, aumentando a sua experiência para criar a própria marca. A Givenchy está entre as maiores grifes do mundo. A maison foi inaugurada em 1952 e conseguiu, instantaneamente, conquistar um público ávido por novidades.
Foto: vogue.fr
Uma parceria sem igual nas grifes
Em sua trajetória, o estilista teve a ajuda de uma musa importantíssima, sinônimo de estilo e elegância: Audrey Hepburn. A grande atriz manteve uma duradoura e fiel amizade de mais de 40 anos com o francês. Nessa parceria, Givenchy criava roupas para que a celebridade utilizasse em seus filmes e também em seu dia a dia.
Não por acaso, o look mais famoso dessa época foi vendido por mais de 800 mil dólares. Essa foi, nada mais, nada menos, do que a vestimenta utilizada em um dos longas-metragens mais conhecidos por quem adora moda: “Bonequinha de Luxo”. De todo modo, são várias as características de seu trabalho exemplar: o uso de cores sóbrias, neutralidade e formas simples são as principais.
“O vestido preto básico é a peça mais difícil de se confeccionar, porque precisa ser simples”.
Com tantas histórias inspiradoras, fica difícil não se apaixonar ainda mais pela trajetória dessas grifes. E, caso você queira continuar se aprofundando no assunto, não deixe de conferir o nosso artigo sobre a estilista holandesa Iris van Herpen. Você vai adorar!