A tecnologia imersiva está cada vez mais em alta no âmbito do entretenimento e da cultura. Historicamente, a arte é reconhecida por ser pioneira de tendências. Agora, com a evolução acelerada da tecnologia, o formato da arte digital ganha força. E as exposições imersivas recebem visitantes ávidos por esta novidade que encanta e enche os olhos.
Essa proposta que revela um jeito diferente de apreciar o belo usa o poder da tecnologia para conectar o público à arte. Por meio desta experiência, as pessoas vivenciam horas mágicas. E de modo tão realista que elas têm a sensação de fazer parte da obra observada.
Capacidades sensoriais são despertas durante as visitas que expõem a arte digital. Tudo isso é possível graças a potentes projetores de última geração, música alta, realidade aumentada e telas interativas. Estes são apenas alguns dos recursos.
Apreciadores desse tipo de arte entendem que a arte digital também carrega um valor importante: o fato de proporcionar uma experiência fora do comum para um número muito maior de pessoas. Afinal, é possível acessar a cultura por meio dos espaços de arte digital sem que seja preciso sair do lugar.
A tecnologia viabiliza a aproximação das pessoas com artistas de todo o mundo. Funcionando também como facilitadora para despertar o interesse da sociedade sobre os artistas, suas histórias e obras.
Arte digital: a tecnologia em um quadro
Quando você tem a oportunidade de visitar uma mostra de arte digital, é como se a tecnologia permitisse sua entrada num quadro.
Em 2018, o primeiro centro dedicado à arte digital abriu suas portas. O Atelier des Lumière, em Paris, é considerado o primeiro espaço imersivo.
O sucesso do local grande. Recebeu cerca de 1,2 milhão de visitantes que foram conferir de perto as exposições de grandes artistas como Gustav Klimt. Pintor simbolista, Klimt é tido como um dos mais importantes talentos artísticos da Áustria.
Mas você não precisa viajar para França para se deslumbrar com a arte digital. No Brasil, o MIS Experience, do Museu da Imagem e do Som de São Paulo, aproveitou a tendência do espaço de Paris e exibiu em São Paulo, a exposição do pintor Candido Portinari.
Outro exemplo que explora a arte imersiva é projeto “The Stolen Art Gallery”, uma galeria virtual que resgata obras de arte que desapareceram de seus museus ao redor do mundo. A iniciativa é uma criação da Compass, empresa especializada em transformação digital, em parceria com a agência GUT.
Quer simplesmente baixar um app e experimentar tudo isso na tela do seu celular? Então, se junte aos milhares de usuários que estão acessando as mais diversas galerias de arte do planeta.
Um audioguia com avatares personalizados deixam esta atividade ainda mais interessante. Enquanto que peças assinadas por artistas renomados podem ser visualizadas em alta resolução e por meio de diversos ângulos.
Além da imersão na arte, estando no ambiente digital, você pode interagir com outras pessoas com interesses similares aos seus. E até realizar visitas com grupos de amigos.
Muito além dos museus como até então eram conhecidos
A arte digital também atrai e pode ainda atrair muitos jovens artistas que não estão acostumados com a arte tradicional. Porque nasceram depois ou em meio ao avanço sem precedentes da tecnologia.
De acordo com reportagem da Folha de São Paulo, o Museu São Pedro, que fica no interior de São Paulo, já está preparando sua entrada no metaverso. A princípio, a ideia é utilizar o endereço virtual. Em paralelo ao espaço físico em Itu, local que abriga mais de 2 mil obras de arte.
Metaverso é um conceito que define uma espécie de nova camada da realidade que integra os mundos real e virtual. Na prática, é um ambiente virtual imersivo construído por meio de diversas tecnologias, como realidade virtual, realidade aumentada e hologramas.
A proposta do Museu São Pedro é um exemplo de experimentação virtual no mundo das artes. Vai desde o vídeo mapping (projeção de vídeo em objetos ou superfícies) até mostras em games. Tudo objetivando o relacionamento de mão dupla com um público mais conectado.
3 mostras imersivas pelo mundo
Japão
O TeamLab tem uma instalação permanente no museu Mori, em Tóquio e uma exposição no Museu Nacional de Singapura. Fundado em 2001, o grupo interdisciplinar une arte, tecnologia e ciência.
Suas instalações são desenhadas de forma totalmente interativa. Ao serem tocadas, as telas mudam de cor e de desenho. Transformando, assim, cada ambiente de acordo com a presença do calor humano.
Formado por jovens de diferentes áreas, entre engenheiros, programadores, matemáticos, arquitetos e animadores, o TeamLab tem como abordagem principal, a ligação do ser humano com a natureza. E também a sinergia que pode existir entre esses dois universos e a arte.
Estados Unidos
A exposição imersiva Além de Van Gogh, vista por milhares de pessoas em São Paulo, está fazendo agora um tour pelo mundo. Estando presente por várias cidades de países como Estados Unidos e Canadá. A mostra reúne projeções de luz, cores e formas rodopiantes, vistas nas flores e paisagens das obras do holandês Vincent Van Gogh.
Considerado um dos principais expoentes do pós-impressionismo, o trabalho de Van Gogh permite a concepção de uma viagem ao universo do virtuoso. Estão presentes na mostra tanto pinturas, quanto desenhos assinados por Van Gogh.
Brasil
O Shopping Eldorado, em São Paulo, está exibindo a maior exposição imersiva já criada. É sobre a vida e obra da mexicana Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón, conhecida por Frida Kahlo. São coleções de fotografias históricas, filmes originais, ambientes digitais, instalações artísticas, itens de colecionador e música original.
O público pode dar um mergulho nos momentos mais relevantes da vida da artista. E nos valores e ideais que fazem sua obra ser reconhecida atualmente ainda com mais força. Frida Kahlo transformou sua dor em arte e se tornou um ícone do feminismo e da força da mulher.
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