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Serpentine Pavilion: o efêmero e a arte no Hyde Park de Londres

Desejando aproveitar um dia relaxante em um parque de Londres? Conhecer o Serpentine Pavilion, no Kensington Gardens? Ou está em busca de um dia divertido com a família e amigos? O Hyde Park oferece tudo isso! Além de um local com galerias e lindas paisagens para tirar fotos, ele tem espaços para práticas de esporte.

O Hyde Park e o Kensington Gardens são dois parques conectados, localizados no centro de Londres. O Hyde Park conta com 350 acres de muito verde, já o Kensington Gardens, 275 acres. Os parques, juntos, fazem com que toda a reserva vegetal se estenda por 625 acres na paisagem urbana de Londres. Um verdadeiro pulmão verde dentro de uma metrópole!

Todos os verões a Serpentine Gallery convida arquitetos de fama internacional para projetar um pavilhão temporário, próximo ao prédio neoclássico da galeria. Essas estruturas temporárias geralmente funcionam como uma cafeteria e local para entretenimento de verão. O projeto, feito pela instituição organizadora do Serpentine Pavilion, acontece desde o ano 2000.

Embora a galeria de arte fique aberta o ano todo, o Serpentine Pavilion é temporário. No fim do verão, os pavilhões são desmontados, retirados do terreno da galeria e, algumas vezes, vendidos a filantropos.

Serpentine Pavilion em 2021

O projeto do Serpentine Pavilion foi aberto ao público no dia 11 de junho. Ele foi projetado pelo escritório sul-africano Counterspace, dirigido por Sumayya Vally, de 30 anos.

Este ano, com seu 20° pavilhão, o Serpentine Pavilion homenageia os imigrantes de Londres e ficará em exibição até o dia 17 de outubro de 2021.

O Counterspace criou uma intervenção com base em locais de organização, encontro e pertencimento do passado e do presente em Londres.

O projeto reinterpreta as formas de Londres na estrutura, com referência à arquitetura de mercados, lugares de culto, restaurantes e livrarias. Também homenageia as instituições culturais que são relevantes para as comunidades de migrantes, como Brixton, Hackney, Hoxton, entre outros.

O projeto também terá fragmentos instalados em toda a cidade durante o verão, com o objetivo de apoiar e facilitar interações e encontros improvisados. Além disso, ele agracia a história de lugares que abrigaram as comunidades ao longo do tempo.

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Cinco projetos que marcaram o Serpentine Pavilion ao longo dos anos

Zaha Hadid, 2000

O primeiro pavilhão projetado por Zaha Hadid foi um projeto arquitetônico de uma estrutura com telhado triangular. A artista, nascida em Bagdá e residente em Londres, reinventou a ideia do que poderia ser uma tenda.

A arquiteta aceitou participar do projeto de 600 metros quadrados de espaço interior utilizável, para arrecadar fundos à Serpentine Gallery. Na proposta original, a estrutura e o espaço público ficariam em exposição por uma semana durante o verão. Porém os pavilhões foram tão populares que a galeria os manteve por três meses. Foi assim que nasceu o Serpentine Pavilion.

Oscar Niemeyer, 2003

Em sua primeira construção britânica, o arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer desenhou um projeto simples e inovador para o Serpentine Pavilion.

O pavilhão temporário era construído em aço, alumínio, concreto e vidro. A arte continha tons suaves, que contrastavam com a rampa vermelha, e os próprios desenhos de parede do arquiteto.

O auditório parcialmente submerso oferecia vista panorâmica do parque e abrigava desenhos especialmente concebidos por Niemeyer, além de móveis sob medida.

Frank Gehry, 2008

O pavilhão foi projetado em uma estrutura de madeira que funcionava como uma rua, que ia do parque à galeria. No interior do pavilhão, haviam coberturas de vidro penduradas na estrutura para proteção do vento e da chuva, e para ter sombra nos dias de sol.

Segundo o arquiteto Frank Gehry, o projeto arquitetônico foi inspirado em catapultas de
Leonardo da Vinci. A obra também se inspirou nas paredes listradas de cabanas de praia de verão. Essa foi a primeira vez que o arquiteto colaborou com seu filho, Samuel Gehry.

Herzog, de Meuron, e Ai Weiwei, 2012

O artista chinês e ativista Ai Weiwei participou da criação dos pavilhões mais populares, os de 2012. Para isso, ele contou com a colaboração dos arquitetos suíços Pierre de Meuron e Jacques Herzog.

Para este projeto, apresentado como parte do Festival de Londres, cavaram cerca de 1,5 metro de profundidade no solo do parque até chegar ao lençol freático. Nessa busca, foram encontrados itens como cabos telefônicos, restos de antigas fundações e aterros. Com a ajuda de uma equipe de arqueólogos, os arquitetos identificaram esses objetos como sendo restos dos 11 pavilhões construídos no local entre 2000 e 2011.

Sou Fujimoto, 2013

Aos 42 anos, o arquiteto japonês projetou uma estrutura de aço tridimensional de 350 metros quadrados. Ela foi construída a partir de barras de aço brancas e corrimãos de tubos de aço branco.

A cobertura era composta por discos de policarbonato transparente que protegiam seu interior da chuva, criando uma camada que refletia a luz do sol.

Embora a estrutura tivesse uma aparência frágil, era totalmente funcional. Servia como uma área de estar, protegida com tiras de policarbonato e vidro antiderrapante. Os visitantes podiam explorar o espaço de diversas maneiras.

Já conhecia o Serpentine Pavilion, com suas estruturas de arquitetura efêmera projetadas por importantes arquitetos internacionais? Acompanhe mais conteúdos sobre arte e temas afins em nosso blog.

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