Colecionismo de Arte

Colecionismo de arte: o fascínio pelo exclusivo

Felizmente, não faltam obras de arte incríveis para quem gosta de contemplá-las. Ao longo da nossa história, inúmeros artistas se debruçaram sobre seus temas para desenvolver trabalhos únicos, capazes de refletir os desejos e as profundas questões existenciais de suas épocas.

Dessa forma, muitos homens e mulheres verdadeiros amantes das artes desenvolveram uma paixão autêntica por esse universo, originando, anos mais tarde, o que conhecemos como colecionismo de arte. 

Atualmente, e graças aos entusiastas do cenário artístico, esse mercado vem conseguindo se manter aquecido, gerando suporte e estímulo aos artistas e incentivando a valorização e o reconhecimento de seus projetos. 

Dito isso, e caso você também se encante pelo assunto, te convidamos a mergulhar nesta leitura e entender tudo a respeito do tema. A seguir, te contamos o que é colecionismo e algumas dicas para atuar no setor. Não perca!

Afinal, o que é colecionismo de arte?

Apesar de estar sempre presente em nosso cotidiano, o universo artístico pode contar com alguns termos que surgem de tempos em tempos e que, em muitos casos, acabam causando dúvidas entre aqueles que não conhecem profundamente o setor. Um deles é o colecionismo de arte, que pode ser definido como o hábito de apreciar, adquirir, armazenar, selecionar e, por fim, expor diferentes obras, conforme o gosto pessoal do colecionador. 

E como a arte é capaz de abraçar diferentes formas de expressão, tal prática pode ter diferentes focos. Por exemplo: enquanto algumas coleções envolvem a fotografia da década de 1970; outras estão voltadas para as pinturas latino-americanas. Há, ainda, colecionadores que apreciam somente esculturas de um período específico ou de um artista em particular e por aí em diante. 

Em outras palavras, para entrar nesse mundo, você não precisa investir em obras que dialoguem entre si, mas sim, recorrer aos modelos artísticos que mais agradam o seu perfil. 

Aqui, vale ressaltar que o colecionismo de arte vem, há séculos, marcando presença em nossa sociedade. Inclusive, tal prática se tornou a grande responsável por preservar diferentes tipos de obras que, caso contrário, poderiam ter sido esquecidas ou perdidas com o passar do tempo. 

E nessa etapa, você deve estar se perguntando: e os museus? Quais são os seus papéis nesse processo?. Bem, podemos afirmar que essas organizações também possuem um trabalho de extrema relevância no que diz respeito à conservação de obras com alto valor histórico.

Entretanto, é necessário frisar que somente essas instituições não conseguem arcar com todos os cuidados e despesas que envolvem uma produção artística. Logo, os colecionadores, galerias e demais agentes culturais contribuem significativamente para que o universo da arte se mantenha vivo.

Colecionismo de Arte

A exclusividade como fator de atração

Certamente, um dos motivos que impulsionam o colecionismo de arte diz respeito à busca pela exclusividade. Afinal, não é de hoje que somos atraídos por tudo aquilo que é único. Aliás, no universo artístico essa exclusividade pode ser notada de diferentes formas. 

Isso é o que acontece, por exemplo, quando se identifica a raridade da obra. Ou então, atributos que comprovam a sua autenticidade, sua proveniência ou, simplesmente, a sua qualidade artística.

Quando falamos sobre a raridade de um trabalho, nos referimos ao número limitado de exemplares produzidos pelo artista. Já a autenticidade é um detalhe importantíssimo, uma vez que as obras falsificadas são capazes de desvalorizar todo o mercado e profissionais envolvidos em sua certificação. 

Ainda é válido falarmos sobre a proveniência. Quando uma obra já transitou entre outros colecionadores ou, até mesmo, organizações famosas, há grandes chances de seu reconhecimento e valorização serem ainda maiores. 

Por último, temos a qualidade artística, que é um fator um tanto subjetivo, mas que pode ser analisado segundo as habilidades técnicas utilizadas pelo artista. Bem interessante, não é mesmo?

O valor das obras de arte

A princípio, existem vários critérios considerados na hora de precificar uma obra de arte. E diferentemente do que algumas pessoas podem acreditar, a dimensão física de um trabalho, de forma isolada, não irá influenciar em seu preço de mercado – assim como acontece com o seu estilo e os materiais utilizados na sua composição. 

Nesse processo, o que irá definir mesmo o valor será o currículo do artista, o seu reconhecimento, a qualidade de seus projetos, o contexto histórico da obra e, claro, a demanda do momento. 

Alguns exemplos de obras que alcançaram valores recordes, devido ao seu inegável valor artístico, incluem “Salvator Mundi”, de Leonardo da Vinci, vendido por US$ 450,3 milhões e “Os Jogadores de Cartas”, de Paul Cézanne, arrematado em leilão por US$ 250 milhões.

Por que o colecionismo de arte é visto como investimento?

Colecionismo de Arte

Um fato interessante é que muitos colecionadores enxergam o colecionismo de arte como uma ótima forma de investimento. E entender esse pensamento é muito simples: embora tal mercado seja vulnerável em alguns momentos, a verdade é que, ao longo do tempo, as obras são valorizadas de maneira significativa. 

Para se ter uma ideia, em 2015, a média do retorno anual desse tipo de investimento, em relação aos últimos 50 anos, era de quase 8% em dólares. Conforme os especialistas do setor, esse tipo de negócio representa uma excelente oportunidade de diversificar as carteiras dos investidores, especialmente no cenário brasileiro que, vez ou outra, apresenta baixo lucro em determinados ativos.

A importância da expertise no colecionismo de arte

Verdade seja dita: o colecionismo de arte é um universo complexo, que exige total experiência de colecionadores e demais envolvidos. Para tanto, muitas pessoas contam com o apoio de especialistas e consultores, responsáveis por orientá-los em suas compras. Esses profissionais possuem bastante conhecimento a respeito da autenticidade das obras, da sua proveniência e do cenário atual do mercado. 

Além disso, eles são ótimos conselheiros para oferecer ideias sobre as últimas tendências artísticas e opinar sobre as vantagens de investir ou não naquele momento específico. De todo modo, para evitar problemas ao adquirir uma obra de arte é preciso considerar alguns fatores essenciais. A seguir, mostramos 10 deles:

  1. Defina o seu orçamento para investir; 
  2. Abra a mente para novas ideias; 
  3. Preze a qualidade em vez da quantidade; 
  4. Visite as casas de leilão e lojas independentes; 
  5. Participe de eventos artísticos importantes e amplie o seu networking; 
  6. Tenha cuidado com as falsificações; 
  7. Sempre analise as questões legais da obra; 
  8. Compre somente aquilo que você realmente amou;
  9. Considere as necessidades de manutenção; 
  10. Garanta que a mercadoria seja armazenada adequadamente.

 

Como vimos, o colecionismo de arte é uma modalidade muito interessante de investimento, mas também uma maneira dos apaixonados pelo universo da arte e cultura ficarem ainda mais próximos e antenados com esse setor. 

E caso você tenha gostado da leitura, aproveite para compartilhar este link em suas redes sociais. Com certeza, os seus contatos irão adorar conferir essas informações. Nos vemos em breve!

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